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#05 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES PROVENIENTES DA ANESTESIA LOCAL — SAIBA MAIS!

01 – FRATURA DE AGULHA:
anesDe maneira geral, a fratura ocorre no ponto de junção entre a agulha e o intermediário. Por isso, indica-se o uso de agulhas longas em injeções que exijam penetração profunda (>18mm) nos tecidos moles.

Esse acidente pode ocorrer em qualquer tipo de técnica anestésica, porém observa-se com maior frequência na anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal, devido a movimentos bruscos durante a anestesia, tanto do paciente quanto do dentista. Bem como, a utilização de agulhas torcidas e, ainda, agulhas oxidadas. Atualmente, com a comercialização de agulhas de aço inox, tais acidentes têm se tornado mais raros, mas, ainda assim, essas agulhas não são inquebráveis (Benett,1989) e, portanto, é necessário utilizar a técnica anestésica adequada para minimizar o risco.

A primeira providência a ser tomada, após uma fratura de agulha, é impedir que o paciente feche a boca. Caso apareça parte da agulha fraturada, torna-se fácil sua retirada com uma pinça clínica ou hemostática. Porém, caso a agulha desapareça, deve-se realizar a remoção cirúrgica localizando-a radiograficamente.
As agulhas que se quebram são rapidamente envolvidas por tecido fibroso, sendo raro haver infecção produzida por essa agulhas.

02 – HEMATOMA:
Acúmulo de sangue no interior dos tecidos, nos espaços intrateciduais.hematoma-s1-facts-b

O hematoma pode ocorrer pelo trauma causado com a passagem da agulha no interior dos tecidos. As áreas mais comuns de ocorrência são tuberosidades maxilar, pois o plexo venoso pterigóideo poderá ser atingido em anestesia dos nervos alveolares superiores; região pterigomandibular, durante a técnica as três posições e região infra-orbital e mentoniana, quando da anestesia de tais nervos.
O paciente deve ser alertado que, em caso de hematoma, não há tratamento, pois desaparece espontaneamente em uma ou duas semanas. O uso e compressa quente e ainda pomadas anticoagulantes ou fibrionlíticas aceleram o processo de disseminação do hematoma.

03 – PARALISIA:
A paralisia ocorre quando há o bloqueio de terminações nervosas motoras.

A maior incidência de paralisia está na realização das anestesias por bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal, quando a agulha alcança a parótida, bloqueando o nervo facial unilateralmente. Dessa forma, os músculos das expressão facial apresentarão paralisia, impedindo o paciente de piscar, sorrir ou movimentar a boca.

É importante recomendar ao paciente a colocação de vaselina estéril no olho, protegendo a córnea de ressecação e de corpos estranhos. além disso, deve-se informar que tal efeito cessará assim que o feito da anestésico cessar, variando, então, de acordo com o anestésico utilizado.

post_tepe04 – PARESTESIA:
A parestesia apresenta-se como os sintomas de anestesia, depois de cessado o efeito da solução anestésica, ou melhor, uma insensibilidade da área onde foi anestesiada anteriormente, devido a um trauma dos nervos sensitivos da região, durante a técnica anestésica. O sinal de que o nervo foi tocado pela agulha é uma dor repentina do tipo agulhada, relatada pelo paciente.

Devido à alta diferenciação do tecido nervoso, é difícil sua regeneração, porém, mesmo assim, novas fibras nervosas se formarão restaurando a inervação da região afetada após meses ou anos.
Para acelerar o processo de reparo do tecido nervoso lesado, deve-se receitar ao paciente complexo B vitamínico.

05 – TRAUMA DE MORDIDA:
Ocorre, principalmente, quando se faz o bloqueio regional em criança, e esta, por não apresentar dor, mordisca a bochecha. Assim, os pais devem ser orientados para não permitir que a criança fique mordendo a mucosa após uma anestesia.

Fonte:
TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM ODONTOLOGIA
ANGELO JOSÉ PAVAN
FAUSTO RODRIGO VICTORINO
DENTAL PRESS EDITORA

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