O atrito existente na mecânica ortodôntica de deslizamento consiste em uma dificuldade clínica para o ortodontista, uma vez que altos níveis de atrito diminuem a efetividade da mecânica, reduzindo a velocidade de movimentação dentária e dificultando o controle da ancoragem. Nessas condições, o tratamento ortodôntico se tornaria mais complexo.
Na busca por condições ideais para a condução da terapia ortodôntica, tem-se como um dos objetivos a redução da força de atrito criada na interface braquete/fio/ligadura. Isso implicaria na utilização de forças mais leves, porém ainda suficientes para a promoção da movimentação dentária. Dessa forma, haveria maior compatibilidade biológica e menor desconforto do paciente.
Os resultados encontrados nas pesquisas demonstraram que os braquetes autoligáveis possuem níveis mais baixos de atrito do que os acessórios convencionais. Como a eficiência da terapia com aparelhos ortodônticos fixos depende, dentre outras coisas, da fração da força liberada em relação à força aplicada, teoricamente, pode-se afirmar que baixos níveis de força de atrito poderiam tornar o tratamento mais eficiente.
Mas, atenção: O clínico deve ser cauteloso ao interpretar os resultados de estudos laboratoriais sobre atrito. Estudos in vitro da resistência ao deslizamento utilizando-se tração estática em linha reta aplicada na interface braquete/fio não representam com total exatidão a complexidade da movimentação dentária.
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