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[CONTROVÉRSIA] “As Análises Cefalométricas deveriam ser ensinadas dentro de um tópico como história da Ortodontia e não como planejamento.”

PERGUNTA:
DIONE DO VALE
– Sua posição pouco ortodoxa quanto à utilização da cefalometria como a principal ferramenta no diagnóstico das más oclusões tem sido muito discutida e, por que não dizer, criticada. Você poderia tecer alguns comentários acerca dessa sua posição?

RESPOSTA:
LEOPOLDINO CAPELOZZA:
– Desde o final da década passada, não é mais preciso argumentar para considerar absolutamente descartado o diagnóstico cefalométrico.

Os que continuam a utilizá-lo estão distantes dos conceitos de diagnóstico que regem a Ortodontia contemporânea, e a eles cabe argumentar para defender essa posição anacrônica e sem sentido.

A cefalometria continua sendo uma ferramenta útil de avaliação dos pacientes ortodônticos, mas não para diagnóstico, e sim para estudos, sejam eles de crescimento, de efeitos dos aparelhos sobre dentes ou sobre o esqueleto etc. Nessa perspectiva, as análises cefalométricas deveriam ser ensinadas dentro de um tópico como história da Ortodontia, para serem conhecidas como cultura ortodôntica, e não como métodos viáveis de planejamento.

Reconhecer o padrão de crescimento como fator etiológico primário a determinar as más oclusões, considerar e investigar o conjunto de alterações que as definem, extrapolando as limitações da classificação de Angle, são obrigações que o conhecimento disponível impõe sobre preferências.

Análises faciais qualitativas, análises morfológicas das radiografias ou tomografias da face e dos modelos das arcadas dentárias são os métodos competentes para diagnosticar e prognosticar em Ortodontia.

FONTE:
Uma entrevista com LEOPOLDINO CAPELOZZA FILHO
Dental Press J. Orthod. vol.15 no.6 Maringá nov./dez. 2010

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