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FIZ O CANAL E MEU DENTE AINDA DÓI, POR QUÊ? — ENTENDA AGORA!

A necrose pulpar é o resultado final das alterações inflamatórias da polpa dental. O tipo mais comum de necrose pulpar é a gangrena. A decomposição da polpa pode resultar nos seguintes tóxicos: gas sulfídrico, amônio, ptomainas, CO2 e H2O. Os produtos intermediários dessa decomposição protêica são: indol, escatol, putrecina e cadaverina. O odor desagradável característico dos canais necrosados advem desses produtos.
Os microrganismos predominantes na necrose pulpar e nas alterações periapicais são as bactérias anaeróbias (Bacteróides e os Fusobacterium). As bactérias anaeróbias mais comumente encontradas são: Bacteroides gengivalis, Bacteroides intermedium e Bacteroides endodontalis.

Ao penetrar em um canal radicular contaminado, o dentista deve tomar todo cuidado para não levar, por meio dos instrumentos, os produtos tóxicos para a região periapical. Um dente com polpa necrosada pode ou não apresentar manifestações periapicais e, estas, podem ser do tipo agudo ou crônico. Então, para realizar o tratamento endodôntico de um dente que apresente canais contaminados, o cuidado deve ser grande para evitar complicações pós-operatórias, que consiste na agudização de situações crônicas ou produzir lesões agudas onde não existia nada.

FLARE-UPDentro da rotina do tratamento endodôntico, é elevado o número de casos que apresentam sintomatologia dolorosa entre as sessões do tratamento ou após a conclusão deste, inclusive naqueles pacientes anteriormente
assintomáticos. Tal ocorrência se constitui num intrigante dilema aos profissionais sobre as medidas a serem tomadas visando à prevenção desses fenômenos dolorosos.

Os americanos usam o termo Flare up para designar a agudização que surge, principalmente, entre as sessões de tratamento de canais radiculares. Apesar de todo cuidado, o Flare up pode ocorrer pela simples mudança de pressão durante a abertura de uma câmara pulpar de um dente contaminado. Esse ato operatório é delicado e exige atenção e muita concentração. A extrusão pelo forame apical por microrganismos e seus subprodutos, raspas dentinárias contaminadas, certas substâncias medicamentosas e materiais obturadores, contribuem para a indução da dor pós-operatória.

De acordo com Siqueira Jr.8 (1997), flare-up é uma manifestação aguda (dor e/ou tumefação) que ocorre principalmente entre as sessões da terapia endodôntica, após algumas horas ou dias da sessão de trabalho. O autor menciona que, após a obturação dos canais radiculares, pode surgir um pequeno desconforto que comumente desaparece nos primeiros dias, e que ele não considera como flare-up.

Tratamento de Flare Up

FONTES:
1. Department Webmaster: Júlio César Spanó & J. D. Pécora and Danilo Guerisoli – Copyright 1997 Department of Restorative Dentistry – Update 03 de novembro de 2004 – Esta página foi elaborada com o apoio do Programa Incentivo à Produção de Material Didático do SIAE, Pró Reitorias de Graduação e Pós-Graduação da USP.
2. INCIDÊNCIA DE FLARE-UPS NA CLÍNICA DE ENDODONTIA DA FOP/UPE – Glauco dos Santos Ferreira , Rosana Maria Coelho Travassos, Diana Santana de Albuquerque, Ivana Karina Cavalcante de Oliveira. – Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2007 jan-abr; 19(1):33-38.
3. VÍDEO: CANAL marcoversiani – Tratamento de Flare Up

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