Houve um relativo aumento de ações judiciais contra profissionais ortodontistas.
Segundo dados do CRO-MG, numericamente os profissionais que não possuem cursos de pós-graduação sofrem mais processos que os pós-graduados. Os processos movidos por pacientes adultos são mais numerosos do que os dos pacientes adolescentes.

LITÍGIOS EM ORTODONTIA
São várias as causa que levam os pacientes ou seus responsáveis a acionarem seus ortodontistas. Na maioria dos casos, trata-se de um desgaste no relacionamento entre as partes, provocado por um conjunto de fatores.
As principais causas de litígio são:
Insatisfação quanto aos resultados na fase ativa do tratamento;
Críticas de outros profissionais ao tratamento;
Insatisfação quanto às informações prestadas pelo profissional;
Insatisfação quanto ao atendimento clínico prestado pelo profissional;
Insatisfação quanto ao resultado final do tratamento
Alegação de extrações indevidas;
Desentendimentos sobre honorários.
De acordo com alguns autores, uma segunda avaliação ortodôntica, feita de modo crítico, é considerada uma importante causa de interpelações judiciais. È cada vez mais frequente o ortodontista ser requisitado para emitir uma segunda opinião sobre um tratamento. Nesta hipótese, convém considerar que um paciente insatisfeito poderá acionar não apenas o ortodontista clínico, mas também o que emitiu um segundo parecer.
Então, algumas considerações importantes para evitar um litígio com paciente:
1 – Profissional deve possuir conhecimento científico suficiente para lidar com cada caso específico.
2 – Devem realizar, como rotina, uma anamnese detalhada e possuir um protocolo completo e assinado de seus pacientes.
3 – Esclarecer sobre planejamento, duração, finalização, riscos e limitações do tratamento, além do aspecto financeiro que envolve o mesmo.
4 – ter Conhecimento das expectativas dos pacientes a fim de evitar frustações e um desgaste no relacionamento paciente-profissional
Fonte:
Revista Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial
Volume 5 – número 1/2 – 2002