De tudo que já fui na vida, o que mais me deu orgulho foi ser PROFESSOR!
Sim! Senti muito orgulho, mas não deveria sentir e confesso isso hoje.
Embora, eu fosse competente, atualizado, comprometido e sagaz, eu era, na verdade, um farsante, uma espécie de Mágico de Oz…
Sem pudor, maravilhava meus alunos com alguns truques pueris, enquanto implicava-os em uma jornada muito mais extraordinária! Conduzia-os utilizando a própria força deles e nunca apresentava o fim da tal jornada.
E quando percebia que meus truques já não os maravilhavam mais e, também, quando já possuíam uma luz própria, capaz de iluminar a estrada, eu parava e deixava-os seguir sozinhos ou já com outros verdadeiros mestres. Logo eu, que tive sempre os melhores professores! Logo eu, que sempre fui tão bem conduzido!
Somente, agora, que desci do tablado, tive a coragem de confessar esse desvio. Então, de coração, peço para que todos os meus alunos continuem a extraordinária jornada do conhecimento e que nunca desanimem! E aos meus VERDADEIROS PROFESSORES peço desculpas por ser um membro medíocre!
