“Para cada ação existe uma reação equivalente e oposta”
Terceira Lei da Dinâmica – Issac Newton
Pensando nisso, podemos afirmar que não existe um ato ortodôntico isolado.
Cada movimento intencional é acompanhado por inúmeros efeitos normalmente adversos que requerem esforços muitos maiores para preveni-los ou controlá-los em relação àqueles necessários para aplicação das forças desejadas. E não foi eu que falei isso; e sim, Thorw.
Para fazermos uma ortodontia de primeira, temos que contar com as misteriosas forças de ação e reação. Na maioria dos casos, uma evidente reação indesejável acompanha uma ação desejável.
Veja esses exemplos:
1 – quando se pretende distalizar o canino, corremos o risco de mesializar o molar. Isso é a famosa perda de ancoragem!
2 – quando se pretende distalizar um molar, corremos o risco de vestibularizar os incisivos.
3 – quando se pretende lingualizar os incisivos, corremos o risco de mesializar os molares.
4 – quando se deseja intruir um dente, os dentes vizinhos são extruídos.
Mas, nem tudo está perdido, podemos utilizar a terceira lei a nosso favor também.
Como?
Veja esses exemplos:
1 – Em fechamento simétrico de um diastema.
2 – Na expansão palatina transversa.
Então, para evitar surpresas desagradáveis, pergunte-se SEMPRE quando e como as forças de reação ao movimento poderão ser dissipadas, neutralizados ou usadas a nosso favor. Não espere que as leis naturais fechem os olhos para você!
Preferivelmente, pergunte-se quais os meios que podem ser usados para controlar as reações. Na correira do dia-a-dia, esquecemos desse simples ensinamento.
Fique de olho!
Fonte:
Atlas de Aparelhos Ortodônticos Fixos e Removíveis
Federico V. Tenti
Santos Livraria Editora