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Quinta Literária: Abril Despedaçado

Livro: Abril Despedaçado
Autor: Ismail Kadaré
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 85-7164-214-1
Sinopse:
“É o mês de abril de algum ano da década de 30. O cenário, os montes Malditos do norte da Albânia. Ali o século XX se manifesta apenas na fugaz passagem de um avião. Sob os cumes nevados há um reino de bruma, lenda e epopéia, um universo medieval que deita suas raízes nos remotos tempos homéricos.
Um código de leis não escritas, o Kanun, implacável draconiano, rege a vida e a morte dos montanheses. Seu valor supremo é o culto da honra. Famílias, aldeias inteiras passam gerações a se matar – ‘recuperar o sangue’ – em infindáveis vendetas.

Com um tiro de fuzil nas escarpas do norte da Albânia, o jovem montanhês Gjorg Berisha recupera o sangue de Zel Kryeqyqe. É a quadragésima quarta morte da vendeta que ensanguenta os dois clãs desde que, setenta anos antes um desconhecido foi vítima de um Krieqyqe depois de ter se abrigado na casa dos Berisha.
A matança entre as duas famílias é uma imposição do Kanun, o código transmitido de boca em boca desde tempos imemoriais na região do norte da Albânia e Kossovo.”
Opinião pessoal:
É um livro triste, ‘escuro’ e incrivelmente lento.
O jovem Gjorg é marcado para morrer, ele sabe que não vai escapar. Será o próximo a morrer na vendeta que a sua família trava há muitos anos.
No seu intimo, Gjorg acha injusto morrer por pessoas que nem conheceu. No caminho, para pagar o tributo do Kanun, ele sabe que não voltará vivo para casa. Seu olhar cruza, por segundos, com o de uma jovem da Capital, surgindo ali uma paixão e uma esperança de um destino menos trágico. 
Mas, o seu destino não vai ser diferente…

Em tempo: O filme Abril Despedaçado, estrelado por Rodrigo Santoro e dirigido por Walter Moreira Sales, foi uma adaptação livre desse livro. No filme, Santoro é o jovem marcado para morrer no sertão nordestino. Santoro falou que gostou de fazer o filme porque aprendeu a fazer rapadura de verdade (?). Mas, foi esse filme que deu visibilidade internacional para Santoro e lhe trouxe convites para filmar fora do Brasil.

Nota (0 a 10): 7, acabando com uma vendeta

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