AS NETAS DO COMENDADOR – 2ª PARTE

LEIAM A 1ª PARTE…
Já no dia seguinte, no café da manhã, as netas receberam o estatuto da festa. Um conjunto de normas e regras que elas teriam de seguir para acontecer o lual. E junto do estatuto da festa ,também veio as regras para o uso racional do veleiro. Leram as regras como se fossem um livro de piadas, pois davam boas gargalhadas a cada item lido. Foi Clara quem primeira reagiu negativamente ao conjunto de normas:
– Que isso… que isso. O Velho pirou de vez. Ele querer que lual comece as quatro e meia e termine as dez em ponto. Não!!! um lual de verdade começa à noite e não tem hora para acabar.
– O coitado pirou mesmo – concordou Tabhata – Aqui fala que só podemos servir refresco e/ou refrigerante no lual!!
– Olha aqui no item do veleiro: Só podemos usar o veleiro atracado no píer. E não podemos levar companhia masculina para o interior das cabines. Isso foi comigo… Só porque eu comentei que convidei o Tico para velejamos – reclamou Cláudia.
– Eu como a mais velha peço a interdição do velhinho… urgente. Quem for a favor levanta a mão. – propôs Márcia.
Assim, todas, quase, juntas levantaram as mãos. Então, rasgaram as regras, falsificaram um salvo-conduto para uso de veleiro e decidiram trancar o pobre do Comendador no quarto, no dia do lual. Com tudo já resolvi e programado, foram curtir o dia ensolarado velejando pelas praias, ilhas e restingas da cidade; cada qual com o seu namorado do momento. No dia do Lual, Patrícia entra, discretamente, nos aposentos o velho e retira o telefone, coloca tranca na porta da varanda e na janela do banheiro e abastece o quarto, que será o cárcere do Comendador, com água e biscoito Maria.
Já, a tardinha, Tabhata verifica que o vô estava repousando no quarto e com muito discrição e desenvoltura tranca a porta por fora e retira a chave da fechadura. Aí, foi só esperar os convivas chegarem para dar inicio ao Lual das Netas do Comendador. Foi uma festa de arromba, de tudo aconteceu, o deck da piscina, as salas e o terraços ficaram lotados… parecia que toda a cidade estava lá. Música no último volume e bebida rolando a noite toda, Ritinha e Márcia liberaram, o para consumo da malta, garrafas e garrafas do precioso scoth “Blue Label”, que o velhinho guardava no fundo falso do barzinho… E o velho Comendador, trancado no quarto, muito irritado, com ódio saído pelos poros, jurava a mais terrível vingança.Foi o chato do Cadinho que abriu a porta de cárcere de Comendador, esse, alias, saiu do quarto como uma fera enjaulada, ferida e esfomeada. Jurava vingança… jura de morte uma a uma das suas netas… jura, até mesmo, matar os pais de cada uma delas. E no andar inferior da casa, a sua cólera aumentou…
CONTINUA…

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