Talvez você não vá entender este texto, talvez vá achar estranho ler, aqui, em um blog odontológico, um texto que não mencione dentes, próteses, consultório ou aparelhos ortodônticos.
E já vou logo avisando, se você tiver menos de 35 anos de idade provavelmente não vai entender mesmo, esse texto.
Porém, todo mundo pode entender, sim!
Pois é um texto que trata de um assunto universal, um assunto para homens e mulheres, um assunto para todas as idades e um assunto que anda meio esquecido e “démodé”.
Há algum tempo atrás, apreendi que não existe razão para as coisas do coração e quem vai dizer que existe a tal razão?
Bom, vamos lá!
Estou lendo o livro: Como se não houvesse amanhã. Nesse livro, vários autores escreveram contos a partir das letras das músicas da banda Legião Urbana. Eis que leio o conto Eduardo e Mônica. Nesse conto, Rosana Caiado Ferreira, a autora, narra nada menos do que a separação do famoso casal, de uma forma muito triste!
Eduardo e Mônica, para quem viveu nos loucos anos 80, foram uma espécie de casal 20 musical. Totalmente diferentes, embora ambos se completassem, como feijão com arroz. E, assim, ao ler a separação deles foi como ler uma carta ou um e-mail, para ficar mais moderno, de um amigo contando a sua separação e narrando como o amor foi quebrado, não por falta do mesmo, mas, sim; pelo cotidiano, pela rotina ou porque, simplesmente, nada é para sempre!
Lendo o texto, fui lembrando que a Mônica explicava para o Eduardo
coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar. Que ele cresceu, que ele aprendeu a beber e deixou o cabelo crescer e foi trabalhar. Deixando para trás, os dias mansos das aulinhas de inglês, das novelas e das partidas de futebol de botão com o avô. Agora, ali no cartório, para assinar a separação, isso e tudo mais, havia virado poeira no tempo. Tempo que transforma todo grande amor em quase nada…
coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar. Que ele cresceu, que ele aprendeu a beber e deixou o cabelo crescer e foi trabalhar. Deixando para trás, os dias mansos das aulinhas de inglês, das novelas e das partidas de futebol de botão com o avô. Agora, ali no cartório, para assinar a separação, isso e tudo mais, havia virado poeira no tempo. Tempo que transforma todo grande amor em quase nada…
Sim!
Fiquei triste por eles, por mim e todos que acompanharam a saga do casal. Fiquei triste com a derrota do amor diante da soma dos dias, diante das pequeninas situações mal-resolvidas e diante dos grandes silêncios.
Porém, ao mesmo tempo, compreendi que o amor, a união e a parceria dos casais são construídos dia-a-dia e que os mesmos fatores, que derrubaram a união do Eduardo e da Mônica, podem contribuir para fortalecer e fortificar o amor. É contraditório e clichê mesmo…
…O amor é a soma dos dias. É o cuidado de um para com o outro. É a atenção mútua. É a cumplicidade do casal em todos os momentos: na aula de natação, de fotografia, de teatro, de artesanato, nas viagens, batalhando grana ou segurando legal a barra-pesada.
Ah! Só para constar: No conto, descobri que a Mônica sofre de bruxismo, às terças e quartas…